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O sol do amanhecer
aproximou o seu brilho do corpo dela,
beijou-lhe o rosto e os lábios
e percorreu o seu corpo,
enchendo-a de desejo.
Tempo para quê?
O brilho que tocava os seus seios
na sombra que continuava a fantasia,
entrelaçou o seu calor
nos lábios humedecidos,
não podendo esconder-se no tempo,
desejando mais
no seu encanto.
O sol continuou a cariciar o seu corpo,
abraçando-a forte
respondendo ao palpitar do seu coração
com mais calor
e beijou-a nos lábios.
Pronunciando o seu nome
o sol percorrendo todo o seu corpo num sussurro,
com uma sensação de prazer.
Atravessaram o dia todo.
Ela na sua beleza, adormeceu.
O sol brilhou intensamente apagando todas as sombras
na nudez dela.
Desejou não partir para a linha do horizonte
ao pôr-do-sol.
E quando ela acordou, tinha um escaldão…..
Não há tempo,
não há chama,
não há natureza para vencer,
porque o tempo é o caminho,
no caminho que devia estar,
o tempo que pode ser
ao vento que soprar,
na profundeza da idade.
Mas o tempo também é
a pressa de ser o tempo
no tempo que atravessar,
o tempo que é ser
o que tem,
o próximo passo
de ser o mistério na estrada.
Há uma janela por saber,
que percorremos por não ter,
talvez a nudez
de um tempo a percorrer.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
Sentir acender a paixão
que diria o entusiasmo descobrir,
torna a vontade no coração,
na distância que espera o que dizer
à verdade que possui o parecer,
de alcançar o luar
na fantasia que toca a imaginação,
olhando o amor como expressão.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
Alentejo que sou, Alentejo que serei.
De não querer ser o que é triste,
de ser triste o que é ser,
chora o coração de tristeza,
olhando as planícies no seu esplendor,
a fronteira
onde as cores são um céu
que chamaria por nós,
de ver a alma que em nós é ser.
Em tua palavra Alentejo
serei o caminho que é ser,
o que acende a noite na imagem
ao ver as estrelas sorrir
ao teu nome que ouvir,
de ser o Alentejo em nós,
de mãos dadas ao luar
na melancolia que era a saudade,
cantando a ternura de ser
a luz que traduz o olhar.
O murmúrio de ser calor,
onde o abraço é querer,
serei o Alentejo que é ter,
a ternura das estrelas a bilhar na terra imensa,
de ser o Alentejo chamando
o que descobre em si mesmo,
o nome de ti
como uma flor ao vento.
As tuas lágrimas ao vento
de ser o teu perfil em mim,
são um gesto na luz que descobre
o branco das casas que acariciam
o que julga ver o meu coração
na natureza que se descobre.
Ter o Alentejo em mim
no abraço da minha solidão,
não deixa de ser Alentejo,
porque as lágrimas são atitude
quando chora a mágoa de um olhar perdido,
ao vento que vive sempre no espaço-tempo que não esquece
olhar o mistério talvez,
de um dia ser o Alentejo
no caminho dos teus passos.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
Os ratinhos são espertos. Os ratinhos passam à frente. Os ratinhos são egoístas.
A imagem que vemos na escolha, reflecte as decisões de algo mais.
Porque sempre houve ratinhos. Porque sempre haverá ratinhos.
Serão sempre os primeiros a abandonar o barco. Serão sempre os primeiros a safar-se.
Na inspiração que começou na ideia, a mensagem que descodifica o que vemos.
Na diferença, os ratinhos chegam primeiro, dizendo poder ser o que imaginaram ser.
No momento escolhido, eles aparecem, como quem não quer a coisa. Mas não deixam de ser ratinhos.
Porque não há entendimento.
A impressão que acontece onde sabem o que encontram. Porque pensam ser sempre os primeiros, que transformar o que começar, na selecção que sejam eles próprios.
O que diz ser o que não foi apenas casualidade ou coincidência, tenta anunciar o destino no momento de querer, no papel de ser o primeiro. Porque os outros não contam. Porque os ratinhos não perguntam. Aparecem nas oportunidades. E querem ser os primeiros.
Os ratinhos mostram a raiz de ser, no papel de ser a compreensão do que é o talvez.
A semelhança que seja a história, parece perguntar o que surgir, porque os ratinhos chegam sempre primeiro.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
O que desejamos alcançar?
Temos de ir procurar o objetivo do que queremos.
Porque a colheita nos dá um extra.
A dinâmica que pode atingir o conhecimento, em cada forma que é a vida, tenta a equação do tempo e do espaço, na chamada da sobrevivência.
Para podermos construir, é necessário sabermos o que somos, através do autoconhecimento, que nos torna únicos.
Na agitação do dia a dia, o que procuramos? Provavelmente a felicidade! Ou será apenas a satisfação? A busca por uma causa, uma ideia?
Procuramos Deus, Procuramos a verdade?
Procurar alguém na busca?
Pensar que já encontrámos o que procurávamos, poderá cristalizar-nos.
Ou será que não procuramos nada?
Com o passar do tempo aumentamos a carga.
A procura de algo possível, que nos dê segurança, a que nos possamos agarrar com esperança e entusiasmo.
A dinâmica da sobrevivência é uma ameaça no tempo e a outras energias. Sobrecarregamos a nossa vida com sonhos desfeitos.
Há certamente forças atrativas e forças repulsivas.
Existe um ditado mongol que diz que temos apenas o que conseguimos transportar.
Estamos sempre em movimento.
Plantar sementes para que as raízes não sequem é uma experiência.
Por outro lado, tendemos a buscar o permanente. Felicidade, certezas, segurança permanentes. No entanto, o permanente existe?
Identificar melhor os pensamentos que se refugiam na ilusão. Desejamos prazer!
As mudanças significativas, do que construímos para o nosso bem estar, será a forma de vida na complexidade da razão, que determina o que pode continuar para o sucesso.
E qual é a base para a ação? O sentido da ação, no significado que é o que vemos na diferença, através da profundidade do processo: pensar, sentir e agir. A ação física e mental, procura o que seria uma forma de vida, na complexidade que envolver os princípios que não queremos.
Manter o equilíbrio, deixando olhar a atitude como design das ideias que estabelecem o caminho, na importância que confunde a necessidade.
O que é necessário saber no orgulho de ser o sentido, é o existir somente?
É uma experiência. O que queremos começar nos campos estéreis.
Tivemos de esperar muito tempo. Não somos nada ou somos pouco.
Para nada passar ao lado.
Para lá dos limites da agitação, mesmos com ventos fortes acabam por equilibrar-se.
A atração do isolamento, pode ser o momento.
O local é este.
Temos o que precisamos.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
Porque és mulher,
está em mim,
como eu estive em ti.
És luz, chama e vida.
O que seria o homem sem a mulher?
A sintonia que não tenha o tempo,
que não exista memória de quem é,
está na falta de ser
o que disse que era.
Porque o Homem nasceu da mulher,
porque o Homem teve filhos dela.
Porque a Mulher o ensinou a amar.
Então a pergunta difícil é:
- Porque não aprendeu ele a amar?
Porque a Mulher o ensinou a ultrapassar dificuldades pelo exemplo, pela coragem, pelo querer e pela vida.
A verdade de amar até a o limite do seu ser, mesmo quando o Homem diz que não sabe se consegue mais.
A beleza na dimensão onde está,
o querer que não queria, o olhar que lançou,
sem dizer..
Porque está o Homem zangado com a Mulher?
O respeito que não se tem, em pensar que não interessa, o que aconteceu,
o que diz que já não é,
o que todos sabemos que é verdade
que tivesse acreditado ser
o amor que alguém lhe deu.
E o mundo fica mais pobre…
Porque o Homem não aprendeu a ser o que é não ter o que devia ter.
Porque o respeito é ser.
Porque a Mulher representa as raízes.
O que ainda tenha, que não tenha,
no mundo que se transforma,
disse que não pode ter
o que tiver medo de alguma coisa.
Não conseguir imaginar
o que devia imaginar,
que continuar à procura.
A Mulher tem um papel na mensagem que traz,
é estar, é amar,
é energia, é calor,
é beleza,
é um símbolo de coragem,
é amor.
O Homem tem de encontrar o que deitou fora.
Porque a Mulher não desiste,
mesmo quando alguém a diminuiu,
mesmo quando alguém a humilhou,
ou menosprezou.
A Mulher é uma busca contínua,
é um caminho
é o continuar a caminhar sem parar,
mesmo estando cansada.
A Mulher é mais, muito mais…
…é o início.
Porque és Mulher,
és chama, és vida,
Obrigado,
por tudo o que és,
por tudo o que representas.
O que vestes, o que pintas,
és beleza apenas.
E o Homem só pode agradecer a partilha do mundo contigo.
Porque tu és o mundo que o criou e fez crescer.
Porque és Mulher. Porque és vida.
O que não conseguir ver o Homem
é o que resta de quem perdeu tudo.
Porque não há mais nada além do respeito
quando se perde.
Jogar nas palavras sem respeito, é um não sentir o que se perdeu.
Há apenas nuvens de ignorância nas lágrimas que caem.
Os pensamentos são diferenças na mudança que o tempo esquece.
Quando nascemos, a mulher é luz, é calor, é vida é tudo o que precisamos.
No entretanto, a Mulher está lá, está sempre, quando precisamos.
Há sempre uma palavra de conforto. Há sempre um abraço. Há sempre calor.
Quando morremos, há sempre lágrimas sinceras.
Por tudo o que és e representas, Obrigado Mulher, por seres quem és, por ensinares a amar, e por tornares o mundo mais belo.
Porque sem ti, nem haveria mundo.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
Porque as palavras são estradas no silêncio,
despertam o que escrevem
na distracção que descobre a vida.
Porque as palavras
são olhares,
e lágrimas no caminho,
são gotas de chuva
nos rios que correm
são sombras da noite sem beijos.
As palavras são moradas
na margem de si mesmas,
as palavras são instantes,
são vozes,
são silêncio
são luzes de esperança,
as palavras são o que acrescentarem,
porque as palavras são janelas,
são passos na tentação do infinito
que respondem à exclamação do olhar.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
A palavra na dimensão do amor,
é a chama que surge na poesia,
é ser o que permanece ao pôr-do-sol,
que construir o que não se esquece, na realidade que chama o que não pode perder a vida.
É a beleza que se agita
no mar que chama a respiração,
é perder o que sabe a resposta,
na chama que acontece sem ter,
é viver o que surge na dança,
é sentir o que diz a palavra.
Porque o amor conhece a palavra,
porque o amor
conhece o sentimento,
de ser o que não esquece o olhar,
de ser o que agita o coração.
Porque o amor acontece
a quem sabe a resposta,
na chama que é ser o que acontece,
que seja a palavra que tenta ser
de ser porque também é
o que não pode perder a vida,
na chama de ser porque se torna,
olhando o esplendor.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
As tintas em silêncio perdiam-se na bruma que atravessava a vida.
A chuva não cessava de cair.
A injustiça era algo difícil de aceitar.
O que valorizava o sucesso, seria a dúvida mais tarde no silêncio.
O frio preconizava o limiar do que refletia o céu, ao espelho vestindo o que incomodava. O sol era o momento que começava aparentemente no céu, na magia que vestia o horizonte.
É gente que se assusta e foge.
É uma luz delicada e discreta, que harmoniza as figuras na paisagem.
Tudo se transforma e muda.
A realidade ao longe afasta-se na luz refletida. São tintas que o pintor acumula em todo o azul.
O tempo tinha a mesma cor para viver.
Esquecer o presente e navegar na vida, aproveitando o tempo de nós, eram as dificuldades inéditas.
Mas vamos continuar…
De facto, no final…
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
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