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Sem voz. Sem pessoas.
São esboços da paisagem.
Sem movimentos. Sem momentos.
São desenhos erráticos no mistério.
Onde estão todos agora?
A mensagem do olhar na direção das estrelas.
É silêncio. É dor. É ausência.
O que descobre o horizonte onde o sol se deita?
As sombras que se afastam. Estar aonde não sejam.
Que pode ser o que não pode ser.
A chama que chama por nós.
Por um sol que acontecer.
As portas fechadas. Os corações que existem por detrás.
O que não estou que não sinta.
Nos raios de sol que se apagam.
Faz-me perceber o que sinta falta. Na falta que é beber
o presente sem sol na vista da cidade.
A mudança que é ser o que não sabia que estava.
Segundo o que nascer que criámos, o brilho através da luz.
Ver o que alguém não tem, na razão que são passos no vazio.
A diferença à espera do regresso.
A beleza do tempo às portas de ter.
O que leva o vento na passagem.
O sol que está perto.
Através das luzes e das sombras, brilha o amanhecer,
no mistério da cidade quieta.
Onde está o dia que tivemos?
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
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