. Dia internacional do beij...
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Quem o teu amor olhasse,
como gostava,
ao espelho de estar contigo,
a poder entender o que distinga a cor do teu abraço,
que beija o teu rosto
na mulher para ter,
o abraço que emoldurar a doçura,
a sonhar no teu encanto,
que nos beijemos apenas.
Queria ser
tudo o que esquecesse,
para ecoar em mim o teu amor,
ao som dos corpos nus que se envolvem,
na lua que dança para nós,
que é sempre o meu olhar.
Queria perder-me em ti
na chama que tenha o amor,
que morar na hora sem pausas,
que dissera o sorriso ter,
de quem é o corpo que me abraça,
enquanto espelho,
que devia ser o meu amor por ti.
Queria dar-te o luar,
aconchegando o calor,
sonhando na noite das estrelas cintilantes,
a cruzar as mãos que não se desprendem,
num suspiro bem fundo.
Queria ser os teus passos na transparência das cores,
que os meus dedos dizem não haver distância entre nós,
que ficam tocando os dias em ti,
na nossa própria vida
que se debruça e canta o verbo amar.
São as minhas mãos no teu corpo
deslizando, nas letras como beleza na harmonia,
a escrever a razão no coração,
de tanto acreditar sentir
de um olhar por ninguém.
Queria ser o que faça correr
o meu pensamento
no amor eterno,
que gostaria de despir a ousadia,
nos versos que ninguém diz,
nas linhas do teu corpo que percorri
até sempre, a desenhar as emoções
em verdade no encontro que não foi,
o que fosse querer a paixão que saiba compreender
o que daria a minha vida,
pelos traços do meu amor que tens.
Queria ser teu
nas flores que imaginei dar,
nos olhos para lá do infinito
tocando o amor em cada olhar.
Queria ser a nossa casa, que dançar contigo,
no acaso de um gesto que aprofunda
os gestos de seres uma mulher que atravessa os meus passos,
caminhando ao sol, que guardasse o que fosse
o gosto que deveria ser,
a alma que devia ter.
Queria ter-te aqui
ao meu lado,
de tudo ousar ao desejo da minha boca,
como um sol nos braços que se estendem para ti,
por tão pouco
que lembra o meu olhar em ti,
ao vento de quem disse querer muito ter.
Queria ser a noite que se avizinha,
no teu abraço apertado que pedir para continuar,
aonde está o céu no teu rosto,
a tocar as minhas mãos que te encontraram.
Queria ser a vida inteira que amar-te,
a querer amar, por amar
o teu nome que cantar, a dizer que nada existe
para além do amor,
na sede dos beijos que não demos, no meu corpo a procurar-te,
cantando palavras belas ao luar.
Esperei por ti tanto tempo, no meu coração que sente,
naquele dia quente,
e não apareceste….
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
O que é teu,
na ausência
que passar o tempo
longe de ti,
será dor, será amor, será tormento
que mais chamar
o que perder de mim,
o valor quanto é, de quem é
pertencer ao tempo que te agrada,
o que possa dizer
o que tiver o meu olhar, por te amar
até ao lugar na beleza,
para ser quem é,
um momento no meu coração,
no encanto que sabe o amor,
o que é vencer a dor,
que desfrutar a sombra que iria dar sem ti,
apreciando o que fica no meu amor,
que estou ausente
na ausência de ti,
na minha dor que seja
não ser teu, o que perder o amor
de não ser teu, na dor que é sofrer
a vida que é ser
o desejo no pensamento, que contigo está
só por ser a dor partilhada pelas minhas lágrimas,
que encontrasse o que seria
o meu corpo que pensar a distância,
no teu retrato
que acorda o coração,
onde dorme a tua imagem em meu olhar.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
Não ter conseguido enfrentar o que fica na despedida,
no coração que veste o amor,
que tenho em mim guardado,
o que espera o amor por mim,
na beleza que trazes em ti,
que contemplar o tempo,
enquanto espelho dos meus dias,
que esperam o que tenhas contigo,
que seja o meu olhar,
na tua forma que traçar o prazer,
a espreitar o sol
para te ver a ti,
no coração exposto à imagem,
o que tem por amar,
que se esqueceu de preencher,
por ser vencido e esquecido,
na despedida,
que foi apagada do olhar do sol,
a abrir as pétalas ao malmequer,
a quem luta por amor,
no inesperado que desconhece
o que faz à janela,
o meu coração.
Vai começar a chover!
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
O que gostava de ser
o que seduz o nada,
que não fosse preencher
o tempo que desapareceu,
no perfume que preserva o lugar,
o frio congela o que deve estar
onde o olhar se demora,
no tempo que não para
o que desfear um belo rosto, que foi
estar à espera,
que não é de ninguém,
fez o que liga mais tarde, o que tivesse desaparecido,
que não acredita que esteja a chamar a atenção,
no sentido que vai aparecer
ao que prefira chamar o que se renova,
na surpresa da desilusão, que tem razão
porque é o que usa a sombra, que aconteceu o que diga não partilhar,
o anzol da natureza que é
encontrar a idade que tem,
no tempo que vem contigo próprio,
quando não volta mais tarde,
ao que te está a enganar,
na hora de dar a sua beleza
porque gasta só contigo,
o que não se vai embora, a tentar mais um dia.
O tempo está vivo,
na certeza que não encontra,
o olhar que segue e procura,
o tempo que afasta o dia, por viver nessa dimensão,
ao que devemos fazer, como força sentindo o ser,
deixar de seguir o tempo,
ao tempo que temos de esperar, porque se vira contra nós
nos momentos fulcrais,
que nos diz como é ser
o tempo que a vida dá,
do que é o agora, ao que possa dar a vida.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
A nossa vida que encontra
o beijo que perturba o nome,
no talvez tecendo o encontro,
num sonho que espera um segundo, a tocar o sonho do primeiro dia
em que te vi,
na flor que sente o querer,
que é o amor que está tecendo
o que procuramos como ninguém,
que não sabemos compreender
o encontro na mudança de ser sobre mim,
a escolha que tira uma foto de ti
de olhos no canto da minha alma,
que correrá como o vento
ao beijo que procurei num sonho.
Apaga a luz,
enquanto há luar.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
O que percorre a dança, na aventura que vive o sorriso,
é um fogo para ser
o que responde à vida ao sentir,
no beijo longo que não te dei,
que fazer o que tem a razão,
no desejo que chegou?
Olhando os passos que se aproximam
ao tempo que diz estar,
a certeza no caminho,
que é querer libertar a vontade,
ao que julga o querer,
que unir as vidas,
na corrente que começou no olhar,
olhos que tocam
o que consigam ver,
que é saber gostar de alguém,
ao que voltará a ser amar.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
A forma que é a palavra,
que não diga uma palavra,
que assume o poema que acaba sempre em dor,
precisa de ser pintada, porque
é uma palavra no mas…que sonhei,
que acreditava que as palavras não são emoções,
mas teriam gostado
das emoções que escrevem a vida,
que é apenas a dor no desamor,
na cor que vá misturar
o que estava à espera do sim, na ilusão que somos ao luar.
Descrever o amor
que implica que mudamos,
que espera o amanhã
que não conseguimos pronunciar uma única palavra,
no encontro que não aconteceu,
é melhor ter
o que parece que está,
no nada que é ter,
que foi atender a chamada,
atrás de ti, sem me veres,
como se fosse a ideia que imagina pintar, que é o nome que não disseste,
que tocar em vez de falar,
prefere imaginar o que quiseres, o que deixar querer,
que eu também sim.
O que não queiras
até os lábios se tocarem,
não percebe porque é amor, que não diz o teu nome,
que podemos fazer a primavera,
no momento como vertigem
que tivemos, o que não aconteceu,
mos teus olhos que vão dizer querer,
o que ainda está a querer entrar no poema,
quando quiseres, na ilusão a descansar,
como mensagem sob o vento que sabe a noite que vaguear à tua porta,
em verdade que encerra
o ser sem saber, a perder o controlo, que a poesia seria
o meu corpo no teu corpo,
a pintar o tu que seria o eu, a viver o que ninguém mais teria,
que é o amor
por toda a vida, num dia de perfeição olhando o céu,
o que é ter o amor,
que viver em ti, por toda a eternidade,
um coração ao sol, onde palpitasse o luar,
de tanto esperar.
Consegues sentir o amor?
A pintar....ao luar...
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
São as tuas mãos para dançar,
ao balanço da saudade a proteger,
o brilho de ser o que podemos receber,
por estar no céu tão sozinho,
o que é conhecer
o que leva a tristeza,
no rio das lágrimas que te procuram,
que ainda vivem no desejo
olhando a noite na paixão,
que acreditara que fora o que vivesse,
a olhar algo que não vira,
num caminho que seguir,
o que deixara seguir por esse caminho,
o que não viram,
as lágrimas que continuam a não querer
a representação,
na presença que apaga a tristeza,
que o amor recebera.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
O que desenha a vida,
como se o coração batesse a gritar,
na dança que viver na chama,
por ter
as palavras que respiram no azul do céu,
no coração das sílabas,
que serão para sempre
o canto do fogo,
escrevendo o que sabe o espelho
do meu corpo,
que se abre no coração,
pronunciando o tempo,
ao horizonte que é o amor.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
O que seja sentir
amar a imagem ao teu lado,
nos mares da contemplação,
quer o vento na canção,
que despe a acção de te beijar,
como se fosse o destino
a erguer o tempo na imensidade,
de trata chuva a cruzar
o que volta indefinido
na estreiteza da aventura
que é a sombra no olhar,
como ondas do mar que não cessam de sentir a repetição
de querer ser a imaginação.
António Ramalho
(Direitos de autor reservados)
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