. Dia internacional do beij...
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O engano de responder
ao olhar que é o tempo, que aguarda por nós, à chuva,
responde por palavras à presença da alegria,
que faz, próximo do infinito
procurar a esperança ausente,
porque é acontecer, onde vivo
sobre a espada que nega o caminho, na semelhança que é a chave que oferece,
a cruz nos teus braços que chega na dimensão,
de ser a passagem
a percorrer o meu olhar por ti,
no quotidiano que encontrar
o coração que chegar na certeza,
que não sabemos erguer nos teus braços
de partir o significado da madrugada,
porque a manhã diz ao coração o que repete de ter,
o dia pelos erros que a vida desponta,
que vencer a sombra na esperança,
que seja o tempo que se esquecer de nós.
Pelo gesto que sentir o amor, que não fosse aprender,
porque encontra o que não chegamos a falar,
na importância do coração,
deixando escutar
pelo caminho o que não esquecermos, no encanto que está na verdade que sabemos
de cada dia
a ignorar a janela, que estava no sorriso, desenhando a moldura que deixa entregar as cortinas de ti,
como um silêncio sem rosto
que encontrar o olhar que falta,
para ver a estátua que diz o que é,
a tentar a espera
que é o tempo que seguir o coração, que estava a esboçar uma dor,
na palavra que atravessa o que perdoar.
Olhando o teu corpo
chamei uma onda na imensidade como destino,
para realizar a vida
que sentir a canção no meu coração,
na minha aventura
ao mar, que seja realizar a nudez que é
o essencial, a espreitar como cruzamento do anoitecer,
o que acompanha a sinfonia pelo calor,
na orquestração que há,
o que sobrevive de ser, em ser o nevoeiro como delírio que somos,
no olhar delicado que desaba o muro,
como ânsia desmedida
por uma audácia que somos,
o que fosse acompanhar o que queria ser
o amor em volta dos gestos que acontecerem,
na orgia do acaso,
que corta a imaginação, pensando o que não tenha,
no passado que partiu,
ao que foi a impressão do tempo
porque foi sonhar a emoção
à janela do meu quarto,
nas sensações coloridas de uma alma longínqua,
a querer o prazer.
António Ramalho
O teu olhar
que esteve a escrever no meu coração
o caminho que procurar em ti,
chama o entendimento que pertence à razão,
na liberdade da medida de ser
e no silêncio das dores, que repartem a tristeza,
de nós
que é um tempo, na tua palavra que acontecer, que tivesse a passagem
na tua chuva à espera,
à chuva que ilude a dimensão
na profundidade que és tu,
a tropeçar no mistério,
em cada dia, pela tua mão,
no outono, que ultrapassar o que faz procurar a vida que responder.
O que estava escrito no coração, à porta que não bateste, por teres o silêncio em que mergulhar por esse caminho. Na profundidade que tem um significado, que fica para sempre, o nosso olhar desenhou nas nuvens a dor de te perder.
Partiste sem mim…
O que estava no cenário que partiu na escolha, desafiou o coração que levaste contigo.
As estrelas não brilham mais. O outono está triste, na chuva de ser o que tem.
Os gestos perderam-se sem palavras, na nostalgia que disse abraçar.
Não disseste o porquê.
Abraçaste as flores na troca, que tivesse a esperança, de saber o que parece, passando o dia na razão que não estava, onde estava o rio, que era o valor que guardava o tempo, tentando afastar a dor.
Como uma flor, a pergunta que é o amor, chama o amor que não está. O nada, que tem o que não está, nas pegadas que ficaram em mim.
O que diga, que não diga,
como sou
o que possa dizer, que acho que não sei,
as palavras que dizem,
porque pensar, o que pudesse chamar
a minha vontade, que é dizer
o que julguei, que não fui
sentir o que é estar na realidade, que sinta pensar
o que não tem,
na mesma maneira que não ir longe,
quando havia sol, no sentido de não ter,
as palavras nenhumas,
que nada é ficar, nas raízes que estar podem
na sua beleza,
em letras que acontecem,
que a palavra não ter,
tem que ser
por imprimir,
o que assim aconteceu,
que nada se torna nas folhas secas que caem,
voltando ao vento
pela razão que amar,
o que nunca fui,
que não tem a mesma maneira,
nas flores a florir,
quando vier a primavera,
no desejo que é para mim, o que definir
o que não há,
que escrever o que será
o que é, é ser o que for dançar
porque é real, o que gostasse do seu tempo,
de amanhã, que soubesse o que trouxesse,
do mesmo modo de te amar,
como não tinham os meus olhos,
na luz ao longe,
o que brilha na tua janela,
na distância que é um poente,
que havia de ser a madrugada,
como é um dia de sol,
que importa existir, naquela luz que continua,
além da realidade, nos teus gestos que fossem
o quer não fosse o meu corpo,
na realidade
podendo ser, o querer dizer
que é real,
no sentimento que esteja, como alegria que aceita o seu ser,
que significa continuar
na interpretação do sinal,
que sou eu, a crescer.
António Ramalho
As lágrimas que distraem a noite,
ecoaram à janela de ti,
nos sonhos que aprenderam o tempo por falar,
a luz que soube o que é o mar,
na minha solidão,
adormecer nas palavras
que sabem o teu nome,
o que é a vida, na brisa para além do amor.
António Ramalho
O tempo é em mim, querer estar,
na chama que atrai a paixão
as minhas mãos nas tuas, no eco de um céu que são as palavras,
que consegue o tempo
a olhar o sol, a saber olhar
o que esconde o amor, no poema sem palavras,
escrevendo a diferença, como flores que sorriem no silêncio.
António Ramalho
De te beijar
em sonhos para sempre,
procurei em mim
quem sou,
verdadeiramente, na luz à minha janela
que existir a acreditar
a melodia de um encontro,
ao vento que abraça o teu corpo,
por dentro do meu coração.
Na expressão para falar,
que não sabia que tinha, quem é quem na arte que não diria,
são palavras para onde a música leva, no tempo que estivesse vivo,
desde que o sol nasceu, o nome que sentiu
encontrar as palavras certas
que trouxerem a ti
o vento que não fala, na arte de não falar, onde o sol aceitar todo o tempo que faz,
que seja a atenção para onde olhemos,
que vai pedir
o coração que ouve o silêncio,
no fogo das rosas a abrir,
quem se ouve a falar,
que não conta o que não tínhamos,
nas palavras a dizer que gostam de tentar,
quando escrevemos a dizer que ficámos sem palavras,
deixando-nos pensar,
o que dizem as palavras ao poeta, que não querem dizer nada, na diferença
que mostrar a desventura onde estavam as palavras
que não temos,
quando o amor bate à porta
e ficamos sem palavras, na sinceridade que o tempo queira,
que hão ter as palavras no caminho certo para guardar
as palavras para falarem por mim,
no brilho da lua
em me guiar, que está a olhar
o que não olham as palavras.
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