. Dia internacional do beij...
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De estar no teu corpo
escondido do céu, de todos os ventos
traçando a direção da chuva,
chamo o que se perde como pedras,
que compõem o que sou,
para além da estrada, que não passa do meu ser,
que sou o infinito do meu coração
em ti.
O tempo na oportunidade,
no momento como tentar parar o sol como teatro,,
que deixámos o que falava o eu, que não ouça
só de imaginar o mar que se desloca,
que fica a viver
o que quiser o pensamento,
no vazio que tenha o desfolhar, na sensação do agora,
através da realidade que se transforma, ao que responder à questão de quem somos,
sentados à janela
para podermos compreender,
o que nos permita o propósito
sobre a resiliência que é
quem escreverá a história da nossa alma,
na vida que muda
quando passará o coração, que continua a ser difícil olhar a vida,
no sol que brilha ao acordar, como alguma verdade
no despontar da verdade como caminho,
que é a paixão na inspiração, até conseguirmos encontrar
o que irá ser a nossa realidade.
O que pensaria que podia ter,
em pensar
na direção certa da tua janela,
que fechar os olhos
ao que digamos que foi, o que levou o sonho,
como pensar em razões,
quando penso que era só
o que disse que sabia, que não dirá ver o sol fechar as cortinas,
ao que pensar no sentido,
que é olhar por não saber,
o que é saber o que viver
sem pensar em ti,
por não saber o que é olhar,
que disse que não tinha, o que afinal tinha,
o caminho que houver, que sabia quem tinha,
o que não entendo,
de quem será a espera,
que pensar ver o sentido
na direção do meu olhar, que é a vida de um poeta,
de estar nu, no meu ser que se despe ao adormecer
e sente o teu corpo.
O que sou eu, sem ser,
o ser que não ser,
que não ser é ser,
na escadaria sem degraus,
que aperta as mãos, a sentir o horizonte que traça o silêncio
na dança de ser,
o que possa ter a vontade,
abre a janela ao momento que dá a vida,
na palavra de ninguém como letras, nas emoções
que buscam o mar que partir,
escadaria acima,
no abstrato de nós,
o que chamar o teu nome,
na entrega que pensar o que há,
na turbulência das sensações, que sentir o prazer
no sol da madrugada,
a acordar o querer, através da janela do meu coração,
porque deixa atravessar a ponte do desejo
no significado que devia ser,
a porta do ser
que espera por ti.
O que interrogou
o meu coração, entre o céu e a terra,
nas mesmas palavras
que dançaram para ti,
chegou na construção do que parecia estar
na correspondência que é,
sentir a diferença
que é continuar no teu olhar,
que se abriu num sorriso
que desenhou,
ao conhecer a minha mão
a gravar o teu nome no meu ser.
No seu olhar que disfarçou,
descobrir o que era,
o que não era somente o sol poente,
tinha realmente
o que poderá estar escondido,
no mar que permanece diferente
ao que hesitou o lugar, nos seus lábios
a cruzar a respiração,
onde se encontra o mistério,
a sentir aquele olhar escondido
detrás daquela porta,
porque havia um tempo a tentar encontrar,
no significado que é sempre
o que havia sido,
o nome que encontrou o seu coração.
Onde o silêncio espera a solidão,
que se cruza no vazio
em vão,
olha
o que possa ser a alma dispersa,
no mar que cantava às ondas,
que estavam na areia para ti.
Queria uma manhã cheia de sol,
por uma escada até ao céu,
que pensei que seria mais um dia.
Queria abrir uma passagem nas dúvidas que nos envolvem.
Queria acreditar que houvesse um momento
de ficar sem palavras a olhar o céu.
Queria tornar-se os passos a seguir
no significado suficiente que estava no tempo que não poderá explicar
o momento como medo.
Queria o absurdo de querer
o que sabíamos o que esperávamos,
que tivesse acontecido, quando ficou o que não entendemos,
que descemos a escada do impossível.
Não queria ouvir chorar naquele momento,
no caminho que não abraçámos,
na carta não entregue que falava de amor
em teu nome, porque havia o que sentir
por nada
que atrai o tempo.
Será um brilho que haverá?
Será o meu corpo entre o mar e o céu?
Sobre o mar que receber
o que arde na vidraça do meu olhar,
no poente em cada flor
como caminho, ao teu encontro
que pedi para dançar,
à beira do que seremos,
que é o teu corpo que oferece as nuvens,
com um beijo
que vier no infinito dos teus gestos,
a mergulhar na perspectiva de ter um nome,
em mim, eternamente perdido
o que sinta passar nas tuas palavras,
no esplendor que veja no sonho,
que buscar
a nossa vida que seguir em imagens,
porque a luz suspende
o que viver e que sonhamos,
no azul do mar que julga viver no horizonte, embriagado de amor,
que era viver no teu abraço, a tornar-se o fruto na flor.
O que escrevo, que é ficar na outra opção
que deve ser a vida,
nas lágrimas que eram aqui
o que fazia o fogo,
olha para a encosta
na sua missão, nos meus sonhos
que podem ter chegado tarde demais,
o que é não ser com palavras,
quanto tempo temos,
na certeza que foi o amor,
quando venha entregar
o que é nada, na vida que fica pelo teu nome,
na tempestade que chama os beijos de nada mais,
na última canção como eco,
que possa desfrutar
dos ecos no reflexo
a saber o que não terá,
na curva sem visibilidade,
somo sombras para ti,
que é o amanhã de uma página em ferida.
António Ramalho
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