. Dia internacional do beij...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
O Poeta deu os primeiros passos no caminho do Presente e o primeiro local que encontrou foi o Jardim da Felicidade . É constituído por flores, flores muito bonitas; flores boas , honestas, humildes e com um coração de ouro .
Conheceu muitas, muitas flores . Dentre elas destacou-se uma, elegante, azul, com um perfume de encantamento e com um brilhpo de amor intenso e fulgurante .
- Como te chamas ? - perguntou o Poeta
- Sou a Estrelinha!
- Então vou chamar-te.....Estrelinha de luz! Pode ser?
- Sim! E tu, quem és?
- Sou o Poeta!
- Só Poeta?
- Só! Poeta do amor!
- Eu não acredito no amor! Nunca amei! Só acredito na amizade! - disse a Estrelinha de luz!
- Um dia amarás! Um dia amarás loucamente!
E afastaram-se! O Poeta continuou a falar com todas as flores do Jardim da Felicidade. Estavam murchas e desanimadas .
O Poeta exalava um perfume encantador. Era o perfume da sinceridade e da humildade . E com o calor do Poeta, vestiram-se novamente de cores brilhantes . Por onde passava, deixava um rasto de encantamento nas flores .
E então as flores começaram aos poucos a exalar um perfume incipinete . Todas elas tinham os ingredientes necessarios para criar o perfume admiravel, cativante e fundamental : sinceridade, bondade, compreensão, honestidade e humildade . É o perfume da amizade!
E todas elas se vestiram de cores brilhantes!
Ao redor do Jardim da Felicidade, o Poeta avistou apenas grãos e grãos de areia . Era só deserto. O deserto da vida. o deserto da Sociedade. O deserto das pessoas sem alma. O deserto das pessoas adormecidas .
Tantos e tantos grãos de areia .
Que desperdício! Tantas vidas sem significado ! Tantas vidas sem objectivo!
Cansado e fustigado por tantos grãos de areia, retrocedeu, sentou-se e adormeceu facilmente no Jardim da Felicidade .
Estava frio, como em todos os dias de solidão, mas não sentiu frio; estava escuro, como em todos os dias a sós, mas sempre sentiu uma luz de presença . E porquê? Porque ao seu lado estiveram sempre as flores do Jardim da Felicidade; todas elas com um coração de ouro brilhante e quente . Todas as flores, sem excepção, iluminaram e aqueceram : era o calor da amizade .
- Vocês são as minhas miguinhas a partir de hoje ! Vão ser sempre as minhas miguinhas de ouro . Percebi que para sobreviver na longa noite do deserto, tempestuosamente frio, necessito do vosso calor e da vossa luz orientadora .
- Nós apenas damos amor e calor humano, mesmo quando os grãos de areia vêm contra nós e nos magoam . As vezes, chegam mesmo a despedaçar-nos! Mas nós continuamos a iluminar os corações dos caminhantes !
- E há muitos caminhantes?
- Há muitos mais grãos de areia do que caminhantes !
Num cantinho do Jardim, encontrava-se uma estrelinha . Era a estrelinha de luz!Estava com uma luz trémula e apagada .
- E tu, estrelinha de luz, que fazes? - perguntou o Poeta.
- Eu tento encontrar o melhor nos outros.
- E o que significa a tua luz?
- Significa o amor escondido!
- Tu encantas-me, estrelinha de luz, sabias?
- E o que significa isso, Poeta?
- Significa que aqueces o coração!
- E se eu te pedisse para me iluminares a minha caminhada, estrelinha de luz ? Queres caminhar comigo?
- Não sei, Poeta! Isso significaria que tinha que deixar o jardim da Felicidade, não é?
- É! Mas continuarias a dar luz a todos os caminhantes ! E poderias descobrir o teu verdadeiro EU!
- E o que é o verdadeiro Eu, Poeta?
- É um lugar algures, no cume da Felicidade, onde o espírito se separa do físico . Um lugar onde aprendemos a voar, mesmo sem asas; um lugar onde o amor sai da caixinha do amor e preenche o mar e o céu!
- Eu vou acompanhar-te, Poeta! E sabes porquê?
- Não sei, estrelinha de luz!
- Porque és um pestinha, sabias?
- Má!
Descansaram então. Amanhã iriam iniciar a caminhada ......
Estar num equílibrio entre duas margens : a margem do prazer e a margem da dor!
Ambas nao podem ser o objectivo final da caminhada, porque viver unicamente em função do prazer cria dependência, sem substãncia, vazia... Viver só na margem da dor, é viver em função dum sofrimento....
O equilíbrio nunca poderá ser , nem dependência, nem sofrimento...
O caminho deverá ser o Amor, consubstanciado numa equidistancia entre as duas margens.
Não viver excessivamente,para os extremos, mas permanecer tranquilo e confiante, alicercado no amor...
As margens criam erros, dispersam a consciencia, escurecem a nobreza e simplicidade do que é ser e viver...Não dão tranquilidade, nem dão bem estar interior!
O equilíbrio esta numa caminhada decidida, determinada e alimentada pelo amor. Amor pelo que somos, amor pelo que vivemos e, sobretudo, amor por nós e pelos outros .
Mas não significa, que não tenhamos que ir as margens, não significa que temos que traçar uma linha central...Significa apenas que o objectivo só poderá ser criar alicerces numa personalidade que visa um bem estar interior . E essa sensação de bem estar interior é algo que vem de dentro para fora e não de fora para dentro...
Caminhar .....sim, sem excessos , nem desequilíbrios.....Mas tranquilo, confiante ...e cheio de amor....a tal luz que ilumina os corações perdidos na escuridão!
. Site